O ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller afirmou nesta terça-feira (18) ter sido contrário ao leilão do arroz, anulado pelo governo, sobre o qual pairam suspeitas de fraude.
Em audiência na Câmara, ele se disse "chateado" com a demissão e, apesar de afirmar que não "sairia atirando" contra os governistas, reforçou que não será bode expiatório do leilão. A exoneração dele aconteceu em 12 de junho, após o governo federal anular o pregão para importação de 263 mil toneladas de arroz. Geller definiu o leilão como "um equívoco político do governo".
"Fiquei chateado, sim, com o ministro da Agricultura com a forma como eu saí do governo. Não saí a pedido. Não seria justo (a saída por espontânea vontade) com a sociedade e não seria correto porque no nosso entendimento não houve má fé. Houve um equívoco político na condução do leilão", afirmou. Duas empresas criadas por um ex-assessor de Neri Geller — Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e Foco Corretora de Grãos — intermediaram a venda do arroz pelo leilão.
Por Metro 1