Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que 54,6% dos eleitos (228 candidatos) na disputa deste ano se autodeclaram pardos. Outros 38,8% (162 candidatos) se autodeclaram brancos, enquanto 5,5% (23 candidatos) se apresentam como pretos. Nesse último grupo, dois candidatos eleitos afirmam que são de origem quilombola.
A falta de representatividade dos grupos chama atenção se comparada aos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Censo 2022 mostrou que 22,4% da população baiana se identifica como preta. A maioria se declarava parda, caso de 57,3% dos cidadãos.
Ao compor o perfil dos candidatos, a Justiça Eleitoral também questionou a orientação sexual deles. Entre os eleitos, 225 optaram por não informar a própria orientação. Outros 189, o equivalente 45,3% do total, se apresentam como heterossexuais. Apenas dois candidatos se assumiram gays e nenhum deles foi eleito.
Mulheres ainda são minoria – Embora as mulheres representem 52% do eleitorado baiano, conforme dados divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), elas seguem como minoria na política institucional. Dos 414 prefeitos já eleitos, apenas 59 ou 14,1% são do gênero feminino. Os outros 355 (85,1%) são do sexo masculino.
Por Bahia.ba