O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja uma reforma ministerial como parte de um esforço para reequilibrar a gestão e sinalizar ao mercado seu compromisso com o controle fiscal. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, está no centro das discussões devido a críticas sobre seu desempenho, especialmente após a revogação de medidas envolvendo o Pix, que resultaram em danos à imagem do governo.
A decisão de revogar a norma da Receita Federal que ampliava a fiscalização das operações Pix, conduzida com a aprovação de Costa, foi vista como um erro estratégico. Conforme o portal Poder 360, fontes próximas ao governo revelaram que a medida favoreceu a oposição e enfraqueceu a percepção de controle fiscal, levando o presidente a se aproximar mais do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que havia sido contrário à decisão.
Além disso, o alto custo político de outras iniciativas que passaram pela Casa Civil, como a falta de articulação na aprovação de medidas fiscais e sociais, aumenta a pressão para mudanças na equipe ministerial. No mercado e entre aliados políticos, há dúvidas sobre a capacidade de Rui Costa de liderar negociações estratégicas em um momento de desafios econômicos e políticos.
Com a reforma ministerial em análise, o nome do senador Alexandre Silveira (PSD) surge como forte candidato para substituir Costa na Casa Civil. Silveira, que atualmente é ministro de Minas e Energia, tem apoio de setores do PSD e do Congresso, sendo considerado uma figura mais alinhada às demandas do mercado e com maior habilidade na articulação política.
A reforma também pode alcançar outros ministérios, como o da Indústria, hoje comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). A ideia de tirar Alckmin da pasta para que ele se dedique a ações em campo, dividindo a agenda com Lula, é vista como uma tentativa de aproximar o governo de setores mais centristas e aumentar a aceitação popular.
Por Informe Baiano