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RELIGIÃO - 11/06/2018

Papa aceita renúncia de três bispos chilenos

Papa aceita renúncia de três bispos chilenos

O Papa Francisco aceitou a renúncia de três bispos chilenos que teriam acobertado escândalos de abuso sexual, incluindo a de D. Juan Barros, de Osorno (sul do Chile). A informação foi divulgada pelo Vaticano nesta segunda-feira (11).

Além de Barros, o papa também aceitou as renúncias de Cristian Caro Cordero, bispo de Puerto Montt, e de Gonzalo Duarte García de Cortazar, bispo de Valparaiso, de acordo com a Reuters.

Em maio, em uma iniciativa sem precedentes, 34 bispos do Chile apresentaram sua renúncia depois de participar de uma reunião de crise com o pontífice convocada após suspeita de terem encoberto casos de pedofilia cometidos por religiosos em suas dioceses.

Com o anúncio feito nesta segunda, ainda não está claro se o Papa Francisco vai ou não aceitar as outras renúncias, de acordo com a Reuters.

D. Juan Barros está entre vários membros da hierarquia da Igreja Católica chilena que são acusados de terem ignorado ou encoberto os abusos do padre chileno Fernando Karadima nos anos 80 e 90. Karadima foi considerado culpado pelas acusações, mas não cumpriu pena porque os crimes estavam prescritos.

Chilenos protestam neste sábado (21) contra bispo Juan Barros em catedral de Osorno, no sul do Chile, em imagem de arquivo (Foto: AP Photo/Mario Mendoza Cabrera)Chilenos protestam neste sábado (21) contra bispo Juan Barros em catedral de Osorno, no sul do Chile, em imagem de arquivo (Foto: AP Photo/Mario Mendoza Cabrera)

Chilenos protestam neste sábado (21) contra bispo Juan Barros em catedral de Osorno, no sul do Chile, em imagem de arquivo (Foto: AP Photo/Mario Mendoza Cabrera)

Fernando Karadima foi acusado de cometer abusos sexuais de crianças e jovens na paróquia El Bosque, em Santiago, a capital chilena. Ele teve grande influência na igreja local e foi responsável por formar 50 sacerdotes - cinco dos quais se tornaram bispos. Depois que o escândalo veio à tona, o religioso foi condenado a uma vida de oração e penitência pela Justiça do Vaticano em 2010.

O Papa Francisco chegou a defender Juan Barros, porém reconheceu, posteriormente, que cometeu "graves erros de avaliação" sobre o caso depois de ler um relatório de 2.300 páginas sobre os abusos. Ele convidou três vítimas a irem a Roma para pedir perdão a elas. G1

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