Fiéis lotam Igreja do Bonfim na primeira sexta-feira de 2020

Como manda a tradição, baianos e turistas vestiram branco nesta sexta-feira (3), a primeira do ano, e subiram a Colina Sagrada para pedir bênçãos e proteção a Nosso Senhor do Bonfim. Chamada de Sexta da Proteção, a data deve reunir 50 mil pessoas na Basílica.

Assim como na última sexta-feira de 2019, acontecem 13 missas ao longo do dia, sendo a primeira às 5h e a última às 18h30. A menos de 15 dias da lavagem, Padre Edson pedia paz e proteção ao fiéis.

De joelhos em frente às grades coloridas pelas fitinhas, o funcionário público Ednilson Cruz, 56 anos, não conteve a emoção e disse ao BNews que a ida à Colina Sagrada é tradição. “Na primeira e na última sexta eu venho aqui para renovar a minha fé e pedir a proteção do Senhor. A gente, realmente, tem de se apegar a isso diante de tantas coisas que têm acontecido no mundo”, disse.

O pedido? Paz. “É preciso pedir que Nosso Senhor do Bonfim interceda por nós”, destacou Ednilton, que, por ser baiano e soteropolitano, perpetua a tradição da família há décadas. Também movida pela fé, a advogada Elenice Ramos, 56 anos, que também nasceu em Salvador, foi sozinha à Basílica.

“Sempre que posso, venho para agradecer e pedir paz, prosperidade ao ser humano. O mundo está cheio de ódio e eu desejo amor no coração das pessoas, porque são tempos difíceis”, disse.

Ao lado da basílica, os símbolos do sincretismo, onde membros do Candomblé e da Umbanda expunham imagens de Oxalá, Iemanjá e Xangô, que vai reger o ano de 2020. “Independente da crença, a fé é o que nos une”, ressaltou o ambulante Luiz Gomes, 49 anos, que aproveita a movimentação para vender as tradicionais fitinhas.

No dia 16 de janeiro, mais de dois milhões de pessoas são esperadas para a Lavagem do Bonfim. E, neste ano, na véspera do festejo, às 15h, a imagem de Nosso Senhor do Bonfim será levada em uma procissão marítima até o 2º Distrito Naval de Salvador. B NEWS