O prefeito Bruno Reis (União Brasil) negou nesta quinta-feira (13) que a morte de uma mulher na UPA do bairro do Pau Miúdo tenha ocorrido por negligência de funcionários. Diferentemente da versão de familiares, que relataram descaso de funcionários, o prefeito diz que houve “atendimento imediato” à paciente.
Adnailda Souza Santos, 42, chegou à unidade por volta das 17h da última terça (11) com crise de falta de ar. Segundo parentes, ela era asmática e precisava de um cilindro de oxigênio. A SMS (Secretaria Municipal de Saúde) diz ter aberto uma investigação para apurar o caso.
“A gente luta para evitar morte diariamente nessa cidade. Ela teve um atendimento de imediato. Não houve problema nenhum de falta de oxigênio. Mas, infelizmente, não resistiu, e nós lamentamos muito a perda de uma vida. Mas está aí à disposição da imprensa todo passo a passo. O minuto que ela chegou, o tempo que ela foi atendida e o tempo de cada procedimento registrado pelas câmeras, que são utilizadas nas UPAs justamente para a gente poder fiscalizar e cobrar a organização social que presta o serviço”, declarou Bruno Reis em coletiva de imprensa,
O prefeito se refere a imagens de câmeras de segurança divulgadas posteriormente pela SMS. “As imagens do atendimento na UPA, inclusive nós distribuímos para toda a imprensa com o fluxo do atendimento, desde a hora da chegada”, disse.
Filmagens feitas por familiares da vítima, no entanto, mostram a mulher passando mal na recepção da UPA. “Eu preciso de oxigênio. […] Doutor, libera oxigênio aqui”, repetia a mulher.
Durante o registro, a assistente social e o médico plantonista são chamados, mas ninguém aparece para atendê-la até então. Dois policiais militares apenas observam a cena, conforme essas imagens.
Parentes de Adnailda afirmam que ela só teria recebido atendimento 3h depois de ter chegado ao local.
Segundo a SMS, “foram 46 minutos de tentativas de ressuscitação, com tempo total de atendimento de 01 horas e 08 minutos”.
Por Bahia.ba