Em 2018, o Brasil já registrou mais de 2 mil casos confirmados de sarampo. São 1.629 casos no Amazonas e 330 em Roraima, estados que enfrentam surtos da doença. Os dados são do Ministério da Saúde, que divulgou boletim na quarta-feira (10).
Segundo o ministério, todos os casos estão relacionados à importação do vírus de genótipo (D8) que está circulando no país é o mesmo que circula na Venezuela, país que enfrenta um surto da doença desde 2017.
Ao todo, 7966 casos continuam sob investigação. Além de Amazonas e Roraima, sete estados e o DF registraram casos da doença, todos relacionados à importação segundo o ministério.
Desde o último boletim, divulgado no dia 1º de outubro, Amazonas confirmou 104 novos casos; Rio Grande do Sul confirmou mais 3 e Pará também. Apesar do surto, Roraima não confirmou novos casos.
Casos confirmados de sarampo até o dia 8 de outubro
Estados | Casos confirmados |
Amazonas | 1629 |
Roraima | 330 |
Rio Grande do Sul | 36 |
Rio de Janeiro | 18 |
Pará | 17 |
Sergipe | 4 |
Pernambuco | 4 |
São Paulo | 3 |
Rondônia | 2 |
Distrito Federal | 1 |
Até o momento, foram confirmados dez mortes por sarampo, sendo quatro no estado de Roraima (3 em estrangeiros e 1 em brasileiro), 4 no Amazonas (todos brasileiros, sendo 2 do município de Manaus e 2 do município de Autazes) e 2 no Pará (indígena venezuelano).
O Brasil atingiu a meta geral de vacinação de crianças contra sarampo e poliomelite estabelecida pelo Ministério da Saúde. A meta do governo era vacinar 95% do público-alvo (crianças de 1 a cinco anos).
Segundo o balanço final, a cobertura vacinal ficou em 95,4% para a pólio e 95,3% para sarampo, totalizando 10,7 milhões de crianças vacinadas.
Porém, 516 mil crianças não receberam as doses recomendadas. A única faixa etária que não chegou ao índice de 95% foi a de um ano de idade, cuja cobertura está em 88%. Apesar do fim da campanha, a vacina continua disponível o ano inteiro nos postos de saúde.
Entenda o que é sarampo, quais os sintomas, como é o tratamento e quem deve se vacinar — Foto: Infografia: Karina Almeida/G1