Cerca de 10 trilhões de micro-organismos convivem em nosso corpo. Quando há algum desequilíbrio na microbiota intestinal, a imunidade tende a ficar fragilizada. Por isso, alguns médicos e nutricionistas passaram a prescrever o uso de probióticos a seus pacientes, principalmente para tratamentos de distúrbios gastrointestinais ou como imunomoduladores.
Os probióticos ou bactérias do bem são microrganismos vivos que, quando consumidos em quantidades adequadas, auxiliam no equilíbrio da flora intestinal. Apesar de naturais, eles não são encontrados na comida, mas podem ser vendidos em forma de suplementação oral em farmácias regulares ou de manipulação.
Indivíduos saudáveis tendem a ter a flora intestinal estável. Entre os fatores que podem alterar o seu funcionamento estão idade, estado psicológico, uso de drogas, ingestão contínua de medicamentos, doenças, dietas, estresse e hábitos alimentares não saudáveis, principalmente com o consumo excessivo de produtos industrializados.
A nutricionista Marcela Castilho, da clínica Nutricionistas e Funcional, afirma que os probióticos têm papel fundamental na saúde do indivíduo, mas ressalta que eles só devem ser usados em caso de necessidade. “O ideal é que o intestino tenha bactérias boas e ruins em equilíbrio. Quanto melhor for sua alimentação, mais fortalecida será sua microbiota”, destaca.
Os micro-organismos probióticos mais conhecidos são Streptococcus (S. thermophilus), Bifidobacterium (B. Lactis), Lactobacillus (L. rhamnosus GG) (Lactobacilos probióticos), a levedura Saccharomyces cerevisiae e alguns E. coli e espécies de Bacillus.
Há confusão recorrente entre os termos probiótico e prebiótico, mas são substâncias bem diferentes. Os prebióticos são alimentos não digeríveis que promovem o crescimento e a fixação das bactérias boas no intestino. São exemplos de prebióticos alimentos como alho, cebola, banana, aveia, alho-poró, vegetais e alimentos com fibras (frutas com casca).
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