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SAÚDE - 18/11/2019

Vírus do sarampo abre portas para outras doenças, aponta estudo internacional

Vírus do sarampo abre portas para outras doenças, aponta estudo internacional

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos revelou que o vírus do sarampo pode apagar, em média, 20% da memória imunológica do nosso organismo. Isso significa que pessoas que contraíram o vírus do sarampo têm risco aumentado de terem outras doenças infecciosas, inclusive doenças que o organismo já havia criado defesas. É como se o vírus do sarampo fosse a chave para liberar a entrada para novas doenças.

O estudo, publicado na revista Science Immunology, chega no momento em que 19 estados do Brasil passam por surtos de sarampo. Nos últimos 90 dias, 5.660 casos da doença foram confirmados e 14 óbitos. Mais de 90% dos casos estão concentrados em 192 municípios do estado de São Paulo. A única forma de interromper essa cadeia de transmissão e de prevenir contra o sarampo é por meio da vacinação.

Para combater a doença, a segunda faze da campanha nacional de vacinação começou nesta segunda-feira (18), direcionada para jovens adultos com idade entre 20 e 29 anos que ainda não atualizaram a caderneta de vacinação. A faixa etária é a que acumula o maior número de casos confirmados de sarampo, de acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, por isso a importância desta etapa para interromper a cadeia de transmissão do vírus no país.

Imunização – Para que a vacina faça efeito no organismo da pessoa, é necessário tomar todas as doses previstas no Calendário Nacional de Vacinação: duas doses a partir de 12 meses a 29 anos e uma dose para a população de 30 a 49 anos.

Atualmente, em virtude dos surtos de sarampo, há ainda a recomendação do Ministério da Saúde de aplicar uma dose extra, a chamada ‘dose zero’ em crianças de seis meses a menores de um ano. Esse público está mais suscetível a casos graves e óbitos. Das 14 mortes pela doença no Brasil, sete foram em menores de cinco anos de idade.

Fake News – O movimento antivacina gera impacto negativo no esforço do país em combater a doença. As fake news são responsáveis por transmitirem informações erradas, colocando em dúvida a eficácia e efetividade das vacinas.

Para combater a disseminação de informações falsas, o Ministério da Saúde disponibiliza um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Qualquer cidadão pode enviar gratuitamente mensagens que tenha recebido para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61) 99289-4640.

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