Um único medicamento usado no tratamento de doenças raras custou ao SUS (Sistema Único de Saúde), ao longo de 11 anos, R$ 2,44 bilhões. O montante foi revelado nesta segunda-feira (2), por um estudo publicado na Revista de Saúde Pública.
A pesquisa foi feita por pesquisadores do Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). O remédio é o eculizumabe, um anticorpo monoclonal, adquirido pelo Ministério da Saúde entre março de 2007 e dezembro de 2018.
De acordo com o levantamento, todas as compras foram feitas sem licitação para atendimento de demandas judiciais. Conforme aponta o estudo, esse tipo de compra, fora do ambiente competitivo, gera um grande impacto ao sistema público de saúde.
Após a aprovação do registro pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o preço médio caiu cerca de 35%, para valores abaixo dos preços estabelecidos pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.
O eculizumabe é um medicamento indicado para amenizar complicações de pacientes adultos e pediátricos com duas doenças raras, a hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) e a síndrome urêmico-hemolítica atípica (SHUa). Causam anemias graves, falência de medula óssea e dano renal progressivo. As informações são da Folha de S.Paulo. BAHIA.BA