A Bahia registrou 9 óbitos por dengue entre 2 de janeiro e o dia 19 de fevereiro de 2022. As informações foram confirmadas pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) a pedido do Bahia Notícias.
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que pode se apresentar de forma benigna ou grave.
Segundo a Sesab, dentre os óbitos registrados no Sistema de Informação de Notificação de Agravos (SINAN) 5 foram apontados com classificação de encerramento como óbito por dengue nos seguintes municípios: 3 em Porto Seguro (10, 12 e 24 anos); 1 em Prado (31 anos); 1 em Salvador (40 anos). Já 4 óbitos foram registrados em processo de investigação: 1 em Lapão (2 anos); 1 em Luís Eduardo Magalhães (10 anos); 1 em Ubaíra (27 anos) e 1 em Juazeiro (27 anos).
Em nota enviada ao BN, o órgão ressaltou que os óbitos passam por uma análise da Câmara Técnica Estadual, "para subsidiar a confirmação do caso ou descartar dengue como causa básica do óbito, sendo assim, os dados registrados estão sujeitos a alterações".
Até a Semana Epidemiológica 7 de 2022 (que se encerrou no dia 19 de fevereiro), a Bahia apresentou 2.684 casos prováveis de dengue, com 348 amostras positivas por laboratório, apresentando um Coeficiente de Incidência (CI) de 17,9 / 100 mil habitantes. Isso significa que, a cada 100 mil habitantes, cerca de 18 pessoas foram infectadas pela doença. Mesmo diante dos números apresentados, a Secretária de Saúde aponta que existe uma redução de 32,1% quando comparado ao mesmo período de 2021.
De acordo com o diagrama de controle de dengue, alguns municípios tiveram CI acima do limite máximo esperado - maior ou igual a 100 casos/100 mil habitantes - nas últimas 4 Semanas Epidemiológicas (SE 03 a 06). Isso ocorreu na macrorregião de saúde Centro Norte, nos municípios de Jacobina, Mirangaba e Ourolândia; na macrorregião Oeste, no município Luís Eduardo Magalhães; na macrorregião Sudoeste, nos municípios Carinhanha, Feira da Mata, Caatiba, Itambé, Itororó, Maiquinique e Potiraguá; e na macrorregião Sul, no município de Una.
No Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde na última sexta-feira (25) foi apontado que entre os estados do Nordeste a Bahia estava em quarto lugar no comparativo de Coeficiente de Incidência, com 17,6 / 100 mil habitantes, atrás da Paraíba (28,2 / 100 mil hab.), Ceará (25,2 / 100 mil hab.) e Rio Grande do Norte (20,0 / 100 mil hab.).
A Sesab informou que os registros são realizados através dos municípios, os quais desenvolvem as ações para o controle vetorial com orientações para prevenção e educação em saúde, assim como para a assistência. O órgão afirma que a Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) e a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) realizam capacitações com ênfase no manejo clínico e orientações para as condutas de prevenção com suporte da área técnica das Regionais de Saúde, as quais fazem o acompanhamento, monitoramento e orientações para os municípios de abrangência da sua Região de Saúde.
CHIKUNGUNYA E ZIKA
Apesar da diminuição dos casos de dengue de uma forma geral, a Bahia também tem apresentado números alarmantes de outras doenças transmitidas pela picada do mosquito Aedes aegypti. Das dez cidades com mais casos de Chikungunya no Brasil, quatro estão na Bahia.
Entre as doenças causadas pelo mosquito, a dengue é considerada a mais grave pelos especialistas, porém a chikungunya pode apresentar sintomas que duram por semanas, e dores articulares que podem permanecer por meses. Já a zika, é uma doença que causa sintomas mais leves, normalmente com febre mais baixa que a da dengue e chikungunya, olhos avermelhados e coceira característica.
De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, a cidade baiana Macarani tem, atualmente, a maior incidência de Chikungunya do país (2.833,8 / 100 mil hab.). Também aparece no ranking das dez cidades com maior CI Itambé (952,2 / 100 mil hab.), Itapetinga (208,0 / 100 mil hab.) e Vitória da Conquista (30,6 / 100 mil hab.).
Em relação à zika, até a SE 6, a Bahia aparece uma vez no ranking de cidades com mais casos, com o município de Itambé registrando CI de 57,8 / 100 mil habitantes.
Por BN