De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados, para 2023, 73.610 novos casos de câncer de mama e 17.010 de tumor de colo do útero. Diante das altas taxas de incidência dessas doenças, a evolução no segmento de diagnóstico tem despontado como um dos principais meios de combate às neoplasias e desempenha um papel fundamental na promoção da saúde da mulher¹.
Exames avançados, seguros e precisos detectam sinais ou fatores de risco para câncer de mama e de colo do útero, auxiliando na escolha do melhor tratamento, de acordo com cada paciente, aumentando as chances de cura, além de garantir mais qualidade de vida das mulheres.
No câncer de mama, a biópsia complementa os exames de imagem e é essencial para confirmar se há presença de células cancerígenas no tecido mamário, determinar o tipo específico do câncer de mama, o estágio da doença e definir estratégias mais adequadas para o tratamento.
“A biópsia a vácuo, por exemplo, é bastante eficiente para extrair uma pequena parte do tecido de forma menos invasiva, além de reduzir o tempo do procedimento, para que possa ser analisada e direcionada para o diagnóstico assertivo”, André Mattar, diretor da mastologia do Hospital da Mulher, centro referência na saúde da mulher em de São Paulo.
O especialista reforça que o tumor diagnosticado em fase inicial tem chance de cura muito maior e, por esse motivo, a mamografia deve ser realizada anualmente como forma de rastreio a partir dos 40 anos de idade.
Saúde da mulher: câncer do colo do útero em foco
A campanha de conscientização para a prevenção do câncer do colo de útero, terceira neoplasia mais comum entre as mulheres brasileiras², excluindo os tumores de pele não melanoma, tem ganhado cada vez mais espaço.
A autocoleta é uma das opções para ampliar o rastreio da doença. A autocoleta é uma solução
inovadora para detecção de HPV (Papilomavírus Humano), um dos principais fatores de risco
para câncer do colo uterino, e ajuda a facilitar o dignóstico de infecção por HPV. O procedimento, indicado para mulheres e homens transgêneros, é menos invasivo e tão preciso quanto o realizado no consultório médico.
Um dos aspectos positivos desta tecnologia é que ajuda a ampliar o acesso à saúde, principalmente em regiões remotas ou com acesso limitado aos cuidados de saúde. O dispositivo torna a autocoleta mais prática e privativa, já que pode ser feita em casa e independe de profissionais para realizá-la. Depois a amostra é enviada para uma rede de laboratórios credenciados para ser processada.
“A coleta é prática e feita em poucos minutos, pela própria pessoa, que coleta a sua amostra
vaginal. A tecnologia foi criada como uma alternativa aos testes clínicos tradicionais e torna o
exame preventivo mais acessível, mais conveniente e igualmente seguro ao método realizado
em clínicas e laboratórios”, afirma a ginecologista Neila Speck, professora da Universidade
Federal de São Paulo (UNIFESP).
Ariane Santos
Tiago Varella