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SAÚDE - 11/09/2024

Próstata Aumentada atinge metade da população masculina mas já conta com tratamento minimamente invasivo, afirma especialista

Próstata Aumentada atinge metade da população masculina mas já conta com tratamento minimamente invasivo, afirma especialista
Dificuldade para iniciar a micção (hesitação), fluxo urinário fraco ou um jato urinário que interrompe e recomeça, gotejamento no final da micção, incapacidade para esvaziar completamente a bexiga, esforço para urinar, vontade de urinar novamente logo após terminar de urinar, dor durante a micção (disúria). Estes são os principais sintomas  de quem apresenta a hiperplasia prostática benigna, mais conhecida como o aumento benigno da próstata, uma doença que não se trata de câncer, mas que representa um desconforto importante para o paciente. O tratamento a laser para hiperplasia prostática, chamado de Holep, bem como atualização em Câncer de Próstata e Câncer de Bexiga, e Cirurgia Robótica e novas tecnologias para o tratamento do Câncer de Próstata levaram o Cirurgião Urologista Dr. Eduardo Cerqueira a participar do XVIII Congresso Paulista de Urologia que aconteceu emtre os dias 3 e 7 de setembro em São Paulo.
De acordo com Dr. Eduardo Cerqueira, o HoLEP, Enucleação da Próstata por Laser Holmium, é o novo procedimento muito pouco invasivo e sem cortes e que é considerado um dos mais modernos do mundo para tratamento cirúrgico de Hiperplasia Prostática Benigna. Esta é uma doença que atinge 50% dos homens acima dos 50 anos , ou seja,  “trata-se de um tumor não cancerígeno comum na população masculina, o qual acaba reduzindo o calibre da uretra prostática, dificultando o escoamento da urina”, explicou o especialista. Durante o evento, o cirurgião urologista pode ouvir profissionais de referência do Brasil e de outros países da América Latina e também Europa.  “O HoLEP é o que há de mais moderno e eficaz. Permite, inclusive, o tratamento de cálculos que, por ventura estejam também presentes na bexiga do paciente. Já temos excelentes resultados no curto e longo prazos, ao permitir a retirada completa do adenoma prostático, o que torna a possibilidade de nova operação quase nula”, ressaltou. As maiores vantagens desta técnica é a cirurgia realizada pela uretra. O corte é realizado a laser na área da próstata que sofreu aumento. A precisão é muito grande e há ausência de sangramento. “Ao final da enucleação, o material é enviado para  análise, a fim de afastar a presença de câncer de próstata”, explicou Dr. Eduardo Cerqueira.


Os cinco dias de atualização em São Paulo também geraram discussões em uma das suas principais áreas de atuação que é a Cirurgia Robótica voltada para o Câncer de Próstata. “Durante o evento, o que os pesquisadores mais ressaltaram foi justamente o que já enfatizamos aqui na Bahia: a cirurgia robótica tem se mostrado mais segura, mais detalhada, com menor risco de infecção e oferece uma recuperação melhor, já que o paciente tem menos dor no pós-cirúrgico. No caso das cirurgias oncológicas, para cirurgia de próstata, por exemplo, em que a inervação é poupada, há a diminuição das chances de impotência do paciente no pós-operatório. E isso é fantástico”, explica o médico. Segundo ele, a cirurgia robótica possui diversas vantagens em relação à cirurgia feita por videolaparoscopia, aquela realizada por meio de pequenas incisões, com auxílio de uma câmera, sem a necessidade de grandes cortes.
Dr. Eduardo Cerqueira lembra que para realizar a cirurgia robótica é necessário fazer treinamentos complexos e que o robô não opera sozinho. “Todos os seus movimentos são realizados sob o comando do cirurgião, que é auxiliado por outro cirurgião que fica em sala ao lado do paciente. O robô proporciona maior estabilidade à nossa mão, removendo pequenos tremores. Para cirurgias de alta complexidade, este é um grande diferencial”, finaliza.
Por Adriana Matos
AMA Comunicação Integrada

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