A nova penitenciária federal de segurança máxima inaugurada nessa terça-feira (16/10), no Distrito Federal, recebeu seus três primeiros detentos. São criminosos que integram o Primeiro Comando da Capital (PCC) presos pela Polícia Federal na última semana. O trio estava encarcerado em uma cadeia federal na cidade de Porto Velho, em Rondônia.
De acordo com investigações da PF, Roberto Soriano, Wanderson Lima e Abel de Andrade são suspeitos de organizarem uma série de ataques contra forças de segurança em pelo menos seis estados do país. O plano foi descoberto e as prisões foram feitas antes que os atentados ocorressem. Eles são apontados como membros do alto escalão da organização criminosa.
Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), responsável pela gestão dos presídios federais, os presos serão colocados sob regime disciplinar diferenciado (RDD), no qual o apenado permanece 22 horas por dia dentro da cela e não tem contato com outros internos.
Os três foram colocados na única ala que foi inaugurada. Ela conta com 50 celas individuais erguidas em uma estrutura de concreto armado e monitorada 24 horas por dia.
Estrutura
Na unidade prisional, que fica no Complexo Penitenciário da Papuda, há circuito de câmeras com transmissões em tempo real, além de sensores de movimento e alarmes. Segundo o Depen, o sistema conta com equipamentos capazes de identificar drogas e explosivos nas roupas dos visitantes, detectores de metais e sensores de presença, entre outras tecnologias.
Cada preso ficará em uma cela individual de 6m² e terá direito a duas horas de banho de sol por dia. Advogados e amigos poderão visitar os detentos no parlatório, enquanto os familiares terão acesso ao pátio. Será proibido o acesso a televisores, rádios e qualquer outro tipo de comunicação externa.
Os presídios federais cumprem determinações da Lei de Execução Penal (LEP) e começaram a ser construídos em 2006. As unidades recebem detentos, condenados ou provisórios, de alta periculosidade. O isolamento individual é destinado a líderes de organizações criminosas, presos com histórico de crimes violentos, responsáveis por fugas e rebeliões, réus colaboradores e delatores premiados. METRÓPOLES