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VIOLÊNCIA - 27/11/2018

Estudante que não aceitou reatar com ex foi estuprada antes de ser morta em SP, diz polícia

Estudante que não aceitou reatar com ex foi estuprada antes de ser morta em SP, diz polícia

A estudante Luana Maciel dos Santos, de 16 anos, foi violentada sexualmente antes de ser esfaqueada e morta em Apiaí, no interior de São Paulo, segundo a Polícia Civil. O principal suspeito é o ex-namorado dela, o pedreiro Josemar de Paula Siqueira, de 33, que pode ter recebido ajuda de outros dois homens, que ainda não foram identificados, para cometer o crime.

O homicídio ocorreu no sábado (24) na residência da irmã da vítima, localizada rua Itaóca, no bairro Palmital. A jovem foi encontrada seminua na cama, com perfurações na região do pescoço, já sem vida. Havia sangue espalhado pela cozinha e outros cômodos do imóvel, que foi interditado para perícia e que, segundo a polícia, indica que houve luta corporal.

Para a Polícia Civil, o principal suspeito do crime é o ex-namorado da estudante, com a qual a jovem se relacionou por aproximadamente dois meses. "Familiares nos relataram histórico de agressão e constantes ameaças dele contra ela", informou o delegado Valmir Oliveira Barbosa, responsável pelo caso.

Josemar foi preso no mesmo dia, ainda a tempo do flagrante, e negou qualquer participação no homicídio. "Mas a versão de testemunhas e imagens de monitoramento mostram ele se aproximando da casa junto com outros dois jovens. Ao negar, ele também não indica quem poderia ter assassinado a jovem", conta.

Luana tinha 16 anos e foi encontrada morta em Apiaí, SP — Foto: Arquivo PessoalLuana tinha 16 anos e foi encontrada morta em Apiaí, SP — Foto: Arquivo Pessoal

Luana tinha 16 anos e foi encontrada morta em Apiaí, SP — Foto: Arquivo Pessoal

Segundo Barbosa, um exame preliminar no corpo de Luana indicou que ela foi vítima de violência sexual antes de ser morta. "Havia graves machucados no ânus dela e agora queremos saber se ela foi vítima de estupro cometido pelo ex-namorado ou pelas outras duas pessoas que o acompanhavam", afirma o delegado.

A autoridade policial trabalha para identificar os outros dois suspeitos e entender a participação real deles no crime. "Estamos focados em localizá-los para saber o que eles, de fato, fizeram. Aguardamos os demais laudos e continuamos investigando o caso, que chocou toda a nossa região", finaliza Barbosa.

O crime

Antes do homicídio, a vítima estava com um rapaz em um bar quando foi vista pelo ex-namorado. Conforme apurado pela polícia, Luana e Josemar chegaram a se falar, mas não foram embora juntos. A jovem voltou para casa da irmã, onde estava vivendo desde que se separou do pedreiro.

Foi a própria irmã da estudante que encontrou o corpo dela ao voltar para casa. A jovem estava com perfurações no pescoço e sangue estava espalhado pela casa, em cômodos diversos, o que pode indicar, segundo a polícia, que ela tentou se defender das agressões.

Policiais militares que atenderam a ocorrência foram informados por testemunhas de que o ex-namorado da adolescente, conhecido como "Baixinho", foi visto com a vítima antes de ela ter sido encontrada morta. Siqueira foi, então, procurado pela cidade e acabou preso em flagrante.

Apesar de Josemar negar o crime ao ser preso, após audiência de custódia, a Justiça decidiu por mantê-lo preso preventivamente. A suspeita é de que o homem estivesse inconformado com o fim do relacionamento. O corpo dela foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e o preso foi levado à Cadeia Pública. G1

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